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Parallel Synchronized Randomness

 
Com três palavras (Parallel Synchronized Randomness) o Michael Gondry nomeia uma teoria engraçada, que eu preciso de um bom parágrafo para explicar:
Parallel Synchronized Randomness = o momento quando você está andando na rua e a pessoa que vem em direção contrária. Ela acha que você vai desviar pra um lado, mas você também – sem querer – acaba desviando pro mesmo lado. Daí ela vai pro outro lado achando que você vai ficar parado esperando ela passar, quando na verdade você espera o mesmo dela. E mais uma vez os dois bloqueiam a passagem um do outro. E isso pode continuar se repetindo por mais e mais vezes. {para simplificar você pode ver a versão-animada da teoria no filme Science of Sleep – alguém jogou o trecho no You Tube}
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Alguém fala alguma coisa pra você. Distraído, você não escuta e pede pra pessoa repetir. Mas na hora que ela repete, você percebe que tinha escutado da primeira vez e percebe que não precisaria ter pedido pra falar de novo. Em alguns casos, a pessoa repete exatamente a mesma frase. Em outros, a pessoa, desconcertada, fala a mesma coisa com outras palavras.
O exemplo abaixo aconteceu há cerca de duas semanas:
 
No metrô lotado, seis da tarde, voltando pra casa.
Eu e uma mulher competimos pra sentar no mesmo lugar – ela ganhou.
Eu fico parada na frente dela. Me seguro, me equilibro e começo a ler meu livro.
– Are you expecting?, ela fala baixinho, sem graça.
– What?
– Would you like to sit here?
– No.
– Are you sure?
– Yes.
Dei risada e voltei a ler o livro.
 
Já aconteceu com você? Não de outra pessoa achar que você estava grávida sem estar, mas de você perguntar "o quê/what" e logo em seguida se dar conta que não precisava ter perguntado porque no fundo você tinha escutado. Como na teoria do Gondry, acho que essa é mais uma destas histórias que acontecem com todo mundo, mas que ainda não ganharam nome de teoria. Se alguém quiser dar um nome, vai fundo. Mas divida os créditos comigo pela descoberta. Não vale dizer que não escutou.
 
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Pronúncia básica

 
Lição de inglês #1 ao chegar em Londres:
LÃNDÃN = certo
LONDON = errado
Pensa no Silvio Santos falando que funciona, sorriso bem aberto.
 
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Aqueça suas mãos

 
Minhas observações de trás para frente sobre o concerto da Orquestra de Paris no Royal Albert Hall, o penúltimo show do evento BBC Proms.
 
***
Palmas: prepare suas mãos quando terminar o espetáculo. Desta vez eu contei no relógio: 5 minutos seguidos, sem interrupção e sem dimunição do ânimo – incluíndo até esporádicos pés batendo no chão. O povo aqui é animado com música clássica. Eles aplaudem mesmo. Não tenho muitas referências, mas sei que no Brasil não é assim e nos Estados Unidos também, informa minha amiga americana. Se existisse o Guiness para o país que mais aplaude a Inglaterra ganharia disparado. Em tempo, após a enxurrada de aplausos, ganhamos um bis de 4 minutos. E depois, óbvio, mais 3 minutos de palmas.
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Sorvete: o hábito mais clássico de um show, concerto ou peça de teatro é tomar sorvete no intervalo. Faz 11 anos, quando estive aqui pela primeira vez, eu assisi Full Monthy no cinema e naquela época até os filmes tinham intervalo. Todos correram para a bombonière para se abastecer. O mercado aqui é aquecido. As embalagens são próprias para este tipo de ambiente e a pazinha vem encaixada dentro da tampa. Um must.
***
Ouçam você mesmos: não vou mentir para vocês. A primeira parte foi beeem esquisita – tinha uma soprano dando uns gritos de terror e os instrumentos faziam barulho e não música. Os violinistas chegaram a usar o arco para bater nas cordas e assustar mais ainda. Em volta de mim, pessoas dormiam ou bocejavam. Muitos se levantavam. Eu não sou conhecedora do assunto, talvez tenha uma razão para tudo isso. Mas meu leigo ouvido musical não aprovou. Clique aqui para ouvir e tirar suas próprias conclusões. O bom é que depois do intervalo – e do sorvete orgânico de chocolate com pedaços – ficou tudo bem melhor. A apresentação foi de arrepiar.
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Nem sinfônica nem filarmônica: gostei do nome da orquestra, não era sinfônica nem filarmônica. Todo mundo sempre confunde e nunca lembra qual é qual ou o que é o que. Less is more. Orchestre de Paris não tem erro.
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Mais um nome criativo

 
Meu correspondente de Archway passou recentemente um fim de semana em Amsterdam – sabe como é, tinha que fazer a cobertura do show da Madonna. Entre um traslado e outro, ele me mandou uma notícia quente: a foto da fachada de uma loja. Mais uma entrada para a minha lista de nomes interessantes:
Bed habits
Loja de camas e colchões
 
 
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Jogurtowy

 
Na minha busca por queijos para passar no pão do café-da-manhã, descobri uma linha de cream cheese polonês muito boa, chamada Almette. Não foi indicação de amigo nem de blog – eu fui convencida pela embalagem mesmo. É um pote plástico que imita os baldinhos de madeira de carregar leite de vaca (olhem o site).
 
Dia desses fui repor meu estoque. Passei um supermercadinho de produtos poloneses que tem aqui perto. Aliás, aqui perto de casa a comunidade de poloneses é grande. Tem um centro cultural com biblioteca e teatro, cafés e supermercados. Enfim, fui direto à geladeira, peguei meu queijo sabor iogurte – o tal do Jogurtowy do título – e fui direto pro caixa. A mocinha olha pra mim e dispara a falar em polonês. Nem passou pela cabeça dela que eu poderia ser uma descendente de poloneses nascida no Brasil, que agora mora em Londres. Não fiz nada. Apenas me debrucei pra olhar o preço na máquina registradora, dei minhas moedinhas no valor exato e fui e mandei – vai que ela resolve comentar sobre como vai ser o tempo no fim de semana.
 
Do widzenia!
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Xaxim

 
Esses dias choveu tanto, mas tanto e está tudo tão úmido, tão úmido, que brotou uma plantinha no capacho da entrada de casa.
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A receita do chocolate ingles

 
As tradicionais casas de cha’ inglesas – e’ um negocio antigo e tanto. Londres, 1875. Imagine as madames da sociedade sentadas num ambiente classico, com toalhas brancas, xicaras de porcelana enfeitadas com florzinhas e detalhes em dourado. Os garcons trazendo bandejas de biscoitinhos e docinhos e o papo sobre a vida fluindo comportadamente. Mas uma delas parece mais avancada para aqueles dias. E pede para provar o chocolate quente, uma novidade feita gracas ao novo chocolate em po’ da Charbonnel et Walker Ltd London. Uma delicia. E o garcom, interessado em prolongar o papo – sempre educadamente, e’ claro – conta os detalhes dos bastidores: “Basta adicionar agua!”. Sim! O chocolate quente aqui na Inglaterra era (e em alguns lugares ainda e’) feito com agua.
 
Veja o texto da embalagem do Chocolat Charbonnel, produzido desde 1875 e recomendado pela Rainha (“By Appointment to Her Majesty The Queen Chocolate Manufactures Charbonnel et Walker Ltd London”)
Chocolat Charbonnel
Re-creates the use of real chocolate as a drink. Traditionally in English Chocolate Houses it was a mixture of chocolate and water only, however, for today’s taste you may prefer a richer drink made with milk.
Serving Instructions for Single Serving
Mix four heaped teaspoons of Chocolat Charbonnel with an equal amount of boiling water and stir until the chocolate is completely dissolved to form a smooth creamy consistency. Add hot milk to taste and then whisk vigorously to form a good froth.
Delicious topped with whipped cream and more Chocolat Charbonnel flakes
 
Chocolat Charbonnel
Experimente usar o verdadeiro chocolate para beber. Tradicionamente nas casas de chocolate inglesas, a bebida era uma mistura de chocolate e agua apenas, porem, para o gosto atual talvez voce prefira um chocolate mais consistente feito com leite.
Instrucoes de preparo para uma xicara
Misture quatro colheres (cha’) cheias de Chocolat Charbonnel com uma quantidade igual de agua fervente e misture ate’ que o chocolate fique completamente dissolvido e tenha uma consistencia cremosa. Adicione leite quente a gusto e bata vigorosamente ate’ formar uma camada de espuma.
Fica delicioso se acompanhado de chantilly e flocos de Chocolat Charbonnel.  
Feito com leite, ate’ da’ agua na boca! 
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Hay fever

Uma coisa muito comum na Europa é ter "hay fever", que é a rinite alérgica causada principalmente pelo pólen de plantas. É uma doença sazonal, que acontece principalmente de maio a junho aqui no hemisfério norte, coincidindo com a "haying season". Os sintomas? Espirros, coriza e coçeira nos olhos. Olhem essa notícia do jornal:

Hay fever sufferers face a really bad summer
This summer’s pollen forecast is one of the worst ever, meaning that about one in four of us can expect to slip into a wheezing fug any minute.
 
Quem sofre de rinite alérgica vai ter um verão péssimo
A previsão de pólen para este verão é uma das piores já vistas – um em cada quatro de nós pode se ver com o nariz carregado a qualquer minuto.

Isso só me faz pensar que as previsões andam cada vez mais sofisticadas. Além do tempo e umidade, aqui eles medem ventos, radiação UVA/UVB e agora também pólen! Só de falar nisso meu nariz coçou. Detalhe. Apesar de parecer, a notícia não veio de um jornal sensacionalista – era o Telegraph.


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Roubando dos pobres

 
Sinta o problema. Dois cartazes colados na porta de uma charity shop de Kensington:

"Your donations are needed. Please give any unwanted clothes, china & bric-a-brac. Your donations are greatly appreciated" (Precisamos de sua doação. Por favor colabore com roupas, porcelana e enfeites que você não usa mais. Sua doação é muito bem-vinda)
 
"When the shop is closed please do not leave donations outside – due to stealing, thanks!" (Quando a loja estiver fechada, por favor não deixe sua doação do lado de fora porque estão roubando, obrigado!)

O que acontece é que as pessoas, por preguiça, problemas de horário ou conveniência, costumam largar sacos de roupas e outros objetos para doação na porta de entrada das lojas de caridade, mesmo que elas já estejam fechadas, o que acontece as 6 da tarde. E com isso apareceram os espertinhos. Existem gangues que fazem ronda por lojas de caridade atrás de pacotes deixados fora de hora (notícia aqui). Outro caso é de pessoas que distribuem folhetos pelos bairros dizendo que vão passar pelas casas buscando doações para alguma causa nobre, tipo "third world children in need", quando no fundo eles mandam esses carregamentos para países do Leste Europeu para revende – saiu até no jornal.
 
Vergonha…


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